Trinta e nove mil setecentas e setenta e duas empresas foram constituídas no país pelo Guichê Único da Empresa (GUE) entre 2017 a 2019, anunciou, nesta quarta-feira, em Luanda, o director-geral, Irineu Matamba.
Das empresas criadas, mais de 100 ocorreram depois da implementação do novo sistema via internet, em funcionamento desde Março deste ano.
Trata-se de 16 mil e 368 empresas criadas em 2017, 16 mil e 777, em 2018, e sete mil e 328 empresas no primeiro semestre do ano em curso.
De acordo com o responsável, que falava durante a visita de membros do Conselho Provincial da Juventude (CPJ), mil processos estão na plataforma à espera dos pagamentos dos emolumentos por transferência bancária.
Salientou que se for considerado que cada empresa empregou duas pessoas, significa que foram criados 79 mil 544 empregos, e se empregaram, eventualmente, três pessoas significa que foram criados 119 mil 316 empregos.
Acrescentou que, com a criação de sistemas simples para concretização de ideias empreendedoras, passou-se apagar, desde 2014, 12 mil kwanzas, contrariamente aos mais de 150 mil Kz necessários anteriormente. Reduziu-se também para 42 mil kwanzas para a constituição de sociedades anónimas contra os mais de 300 mil kwanzas.
Para se evitar os constrangimentos, foi implementado desde Maio deste ano, o agendamento no qual o pretende indica a data em que pretende criar a empresa e o GUE executa a missão em 48 horas, contrariamente aos mais de dois meses.
Relativamente ao montante para abertura da conta bancária da empresa a constituir, avançou que este valor agora está à disposição dos interessados, sendo que o pagamento dos emolumentos não está condicionado ou indexada ao valor do capital social.
Actualmente têm uma capacidade de atender diariamente 100 pessoas, dez por hora.
Por sua vez, o secretário executivo do Conselho Provincial da Juventude de Luanda, Isaías Kalunga, disse sentir-se satisfeito com o resultado, apelando aos jovens a continuarem a criar empresas a fim de gerar empregos, uma vez que o Estado não tem capacidade empregar todos.
Para Isaías Kalunga, os jovens devem criar pequenos negócios para, depois da entrada em funcionamento, possam torna-la numa grande empresa.
O Guichê Único da Empresa foi institucionalizado ao abrigo do Decreto 48/03, de 8 de Julho, com a missão de dignificar e valorizar o serviço e o servidor público, dotando-os de meios conducentes à simplificação, modernização, celeridade e transparência no procedimento de constituição de empresas.
O seu actual estatuto orgânico foi aprovado pelo Decreto Presidencial 151/13, de 4 de Outubro.