Ministro angolano pede resposta a problemas que ameaçam a paz e defende educação para direitos humanos
O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos de Angola Rui Mangueira disse nesta terça-feira, 28, na Comissão dos Direitos Humanos em Genebra, na Suíça, que o seu Governo está fortemente apostado no combate ao terrorismo e que para o efeito criou instrumentos jurídicos de prevenção desse fenómeno.
Sem se referir aos casos de violações de direitos humanos apontados por activistas no país e as denúncias de organizações internacionais, Rui Mangueira renovou o convite para que os relatores dos direitos humanos das Nações Unidas visitem o país e destacou a necessidade de uma resposta global ao drama dos refugiados.
O ministro angolano referiu-se aos desafios actuais que colocam em causa a paz mundial, como o fluxo de migrantes, restrições ao exercício dos direitos e liberdades fundamentais, escalada de violência nos territórios árabes ocupados, entre outros.
Rui Mangueira disse que o seu Governo possui “instrumentos jurídicos internos que incluem um conjunto de medidas legais e administrativas destinadas à prevenção ecombate ao terrorismo e branqueamento institucionais”, com destaque para a criação da Unidade de Informação Financeira.
O ministro angolano da Justiça e Direitos Humanos defendeu “mais diálogo e apoio aos países que enfrentam o drama das migrações”, em vez de respostas individualizadas.
Sem se referir aos relatórios e denúncias de violações dos direitos humanos em Angola, Rui Mangueira apontou o caminho da educação, cuja disciplina integra o currículo escolar no seu país.
"A transversalidade dos direitos humanos passa, necessariamente, pela introdução dos direitos humanos no currículo escolar e no alargamento das redes de formação a todos os sistemas formais e informais de educação. Neste sentido, a aprovação da estratégia nacional sobre a educação em matéria de direitos humanos visa introduzir os direitos humanos nos currículos das escolas e da universidades de forma a expandir uma cultura de direitos humanos em Angola”, apontou o ministro angolano da Justiça e Direitos Humanos, que, na ocasião, reiterou o convite para que os relatores sobre direitos humanos visitem Angola.